Luta por direitos
Manhã foi de paralisação dos servidores da Justiça, em Pelotas
Trabalhadores fizeram protesto contra a Reforma da Previdência e cobram reajuste nos salários
Paulo Rossi -
A manhã desta sexta-feira (29) foi de paralisação dos trabalhadores da Justiça, em Pelotas. Com bandeiras, camisetas e cartazes, os servidores fizeram protesto contra a Reforma da Previdência apresentada pelo governo de Jair Bolsonaro (PSL). Em uma hora de manifesto, os trabalhadores realizaram interrupções rápidas no trânsito, em frente ao Foro, e distribuíram panfletos à comunidade.
O congelamento de salários há quatro anos e o projeto que tramita na Assembleia Legislativa e prevê a extinção de cargos como o de oficial escrevente - que corresponde a mais de 60% do efetivo da Comarca de Pelotas - integram a lista de reivindicações. "As pessoas costumam achar que somos uma categoria privilegiada, mas a grande maioria não tem altos salários", defende uma das líderes do Sindicato dos Servidores da Justiça do Rio Grande do Sul (Sindjus-RS), Márcia Ferro Amaro, ao reclamar da falta de reajustes e da inexistência de data-base.
As equipes reduzidas também são velha queixa. Os cartórios que deveriam contar com oito oficiais escreventes, em alguns casos, tem apenas três profissionais para cumprir a tarefa, em Pelotas. A mobilização deste 29 de março estende-se por diferentes cidades do Estado, exatamente, com mesma pauta.
Segue o risco de greve
Os trabalhadores reúnem-se em assembleia geral no dia 12 de abril, em Porto Alegre. A categoria entra para os debates com indicativo de greve aprovado. As manifestações têm contado com a participação de servidores da ativa e também aposentados. Foi o que ocorreu na manhã desta sexta, em Pelotas.
"A gente precisa lutar. Vim aqui para dar apoio aos colegas. Sou uma defensora ferrenha da manutenção dos direitos adquiridos", enfatiza a servidora aposentada Ivete Schellin Tavares, com recado expresso em cartaz: Reajuste zero eu não quero. Um clamor por respeito aos trabalhadores da Justiça gaúcha.
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